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O marketing de permissão e a relevância da publicidade

Embora eu já tenha dado algumas dicas sobre o assunto em outro artigo, nunca fui a fundo em um texto sobre essa nova técnica de promoção. A comunicação hoje passa por uma grande mudança, algo como se fosse uma “digitalização” das formas que as pessoas interagem entre si.

 

Afinal, qual a grande diferença entre a televisão e a internet? Mesmo que a gente não pare pra pensar nisso, a TV elabora sua programação pensando no que o seu público de interesse gostaria de assistir, enquanto a internet dá a liberdade para o próprio usuário acessar a informação que deseja. Você pode ter uma TV à cabo com 200 canais e ainda assim não encontrar nada que tenha interesse em ver, enquanto na internet você vai ao encontro ao que deseja.

Traduzindo isso para as técnicas de promoção existentes, podemos ver o marketing de permissão e o marketing de interrupção.

Marketing de Interrupção versus Marketing de Permissão

Você já notou que os intervalos comerciais têm o volume um pouco mais alto que o resto da programação normal? Acredite, não é uma coincidência. Quando um programa é pausado para as propagandas, o expectador tende a dispersar a atenção e então aumenta-se um pouco o volume. Mas convenhamos, você está interessado mesmo em todos aqueles produtos oferecidos? Nem sempre.

Este é o marketing de interrupção, aquele que tenta desviar a sua atenção para te oferecer algo que não necessariamente tem a ver com o que você estava vendo. O merchandising já é algo batido, mas é uma técnica de marketing de permissão – aquele que oferece algo a você dentro do contexto em que a sua atenção está inserida.

Existem dois exemplos muito bons desse tipo de marketing. Um deles são as vinhetas dos patrocinadores do programa Custe o Que Custar (CQC), onde os apresentadores utilizam do seu bom humor e descontração para mostrar os produtos dos anunciantes. Outro exemplo mais antigo é a novela Beto Rockfeller, na qual o protagonista era um bom vivant, um boêmio. A fim de driblar os salários atrasados, o intérprete Luis Gustavo fez uma parceria com a Engov para ganhar dinheiro a cada vez que falasse o nome da empresa. Então, sempre que o personagem saía para suas noitadas, lembrava-se de pegar o seu Engov – e assim surgiu a primeira ação de merchandising do Brasil.

Marketing de Permissão e a Internet

Entendido o conceito, como utilizar isso? É simples, basta saber separar os temas. Não adianta você anunciar em um local onde o seu público de interesse não esteja presente. O Grupo RBS de comunicação trabalha muito bem isso. Para discriminar os assuntos abordados, foram criados vários blogs em seu site.

Segundo a administração do portal, nem todos os blogs possuem grande número de acessos, mas cada blog possui usuários um perfil bem distinto. Existe um blog sobre noivas, onde bons anúncios seriam de lojas de aluguel de roupas e promotoras de casamentos. Em um blog sobre dicas de matemática seria possível anunciar aulas particulares, por exemplo.

Como esses sites/blogs tem um nicho específico – que não necessariamente é de interesse da grande massa – com certeza o anúncio será visto por menos leitores, mas sua ação de marketing será muito mais efetiva, pois quase todos os leitores que estiverem ali provavelmente possuirão interesse no que você está anunciando.

E aí, já imaginou como utilizar isso na sua empresa?

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